14 de setembro de 2011

Ainda que eu falasse a língua dos homens e dos anjos, sem o amor/ a caridade eu nada seria!

É no capítulo 13 da epístola de Paulo aos Corintíos, que Paulo fala grandiosamente sobre o amor (em grego ágape) que, em algumas traduções, aparece com o vocábulo caridade:




O poema sobre o amor

Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.
E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.
O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.
Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;
Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá;
Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos;
Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado.
Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.
Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido.
Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor.

Primeira Epístola aos Coríntios - 1 Coríntios 13

(I Coríntios é como é conhecida a primeira epístola de S. Paulo à igreja em Corinto, muito embora possa ter sido a segunda carta do apóstolo aos cristãos daquela cidade. É nesta carta que é encontrada a famosa passagem sobre a importância do amor genuíno, no capítulo 13; e também sobre dons espirituais, no capítulo 12. Por isso, I Coríntios é considerada uma das epístolas mais poéticas do "Apostolo dos Gentios" como Paulo de Tarso chegou a ser chamado).





Amor é fogo que arde sem se ver 


Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.

Mas como causar pode seu favor;
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?

Luís Vaz de Camões



Grandes inspirações estas aí em cima, que o Renato Russo teve para escrever a belissíma  música:  Monte Castelo.
Com certeza sem o amor e a caridade nós nada seríamos e nada faria sentido.
É o amor que nos move e nos impulsiona.
É o amor que nos constrói e nos ajuda a evoluir.
É o amor que nos motiva e nos faz sentir mais leves e mais calmos.
É o amor que nos torna mais simples e serenos.
É o amor que nos faz ver o brilho nos olhos do próximo e nos faz compadecer de suas faltas e seus sofrimentos.
É só pelo amor que somos capazes de perdoar.
É só o amor que nos torna realmente felizes.
E o amor está intervinculado ou é sinônimo de caridade, sentindo o amor estamos sendo caridosos com o próximo. E sendo caridosos estamos exercendo/praticando o amor!

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