20 de agosto de 2010

16 de agosto de 2010

Amor e Felicidade!

Todo mundo quer amor

O psicanalista e psiquiatra Jorge Forbes* fala que a felicidade amorosa não tem garantia. Ele acredita que buscá-la é obrigação de todos. Mesmo sabendo do risco de se machucar no caminho.

(Entrevista para a revista Marie Claire)
 
Marie Claire: É impossível ser feliz sozinho?
Jorge Forbes:
Todo ser humano necessita de alguém que o incomode, que o desafie todos os dias. Quando acontece o encontro, um acorda o outro e é bom, as pessoas precisam de alguém que as retire do comportamento individualista. A mulher deve ser "a pedra no caminho" do homem, como nos versos de Carlos Drummond de Andrade. É ela quem alerta o homem, porque ele é mais acomodado e ela é mais inquieta. O encontro faz com que os dois tenham motivo para reinventar a vida todos os dias. Mas felicidade dá trabalho.
MC: Fixar-se na falta do parceiro é uma atitude infeliz?
JF:
Idealizar que o parceiro é a fonte da felicidade tem dois lados ruins:
1. Enquanto está sem par, a pessoa desvaloriza as outras conquistas da vida, que também são importantes, mas acabam passando despercebidas.
2. Se, por acaso, consegue que seu relacionamento amoroso atinja seu ideal de felicidade, está fadada a perder essa situação, já que nenhum relacionamento é ideal eternamente.
MC: Como realizar o sonho de ser feliz no amor?
JF:
Tentar ser feliz é obrigatório. Realizar é uma sorte. Para chegar um pouco mais perto, aí vão alguns lembretes:
1. Não acredite em conselhos que tenham em sua composição a palavra "dever".
2. Esqueça regras pré-concebidas. As formas de satisfação a dois só podem ter uma regra – o comum acordo entre os parceiros.
3. Os parceiros podem contar todas as fantasias amorosas um para o outro: contar sempre, realizar quando der.
4. Jamais tente compreender a felicidade. É preciso suportar o inusitado dela, mesmo se você não compreende o que está acontecendo! Com medo de que a felicidade acabe, as pessoas ficam tentando descobrir a receita para repetir exatamente o que aconteceu, na tentativa de aprisionar o momento feliz. Mas toda vez que se constrói uma prisão, a felicidade acaba.
5. A base da felicidade é o novo, a originalidade. Ela é a possibilidade de viver fora do padrão e de reinventar a vida. Quem ousa tem mais chance de ser feliz.
MC: Dizem que"casamento é loteria". O senhor acha que felicidade é questão de sorte?
JF:
Concordo que o amor é um encontro por acaso. A essência do relacionamento não se pode prever e nem medir. Todo balanço pré-nupcial tem um elemento imponderável, por isso os mais velhos costumavam dizer que "quem pensa muito não casa". A razão é simples: é impossível entender plenamente por que se está casando.
MC:A felicidade depende da maturidade?
JF:
Isso não garante nada. A maturidade é uma chatice que a civilização impõe. A felicidade é poder manter algo dos 5 anos de idade e não ser taxado de débil mental. Felicidade é a força bruta do desejo, que dá o impulso para que as coisas se realizem.
MC: "Tenho medo da dependência" é outro clichê moderno para fugir da intimidade emocional.
JF:
Atrás dessa frase há sempre uma pessoa querendo muito ser dependente. Ao encontrar alguém aparentemente disponível, agarra-se a ela como garantia de segurança emocional, econômica, social, espiritual... mas isso não é felicidade. Há sempre uma diferença radical entre dois parceiros: amor é o nome que se dá à ponte que recobre temporariamente essa distância entre eles. Mas a diferença sempre vai reaparecer, é inevitável. A felicidade é tênue, um encontro provisório. Não é standard, nunca é fixa.
MC:Esperar que a relação seja fonte de felicidade revela uma visão idealizada do amor?
JF:
Tratar a relação amorosa como um tapa-buraco para as dificuldades da vida é exigir demais do parceiro, que acaba tendo uma responsabilidade que desconhece e com a qual não pode arcar. Relacionamento amoroso ajuda, sim, mas indiretamente: fornece energia e entusiasmo para enfrentar a vida.
MC:O que precisamos saber para amar e ser feliz?
JF: Que não existe garantia. Todo amor é um contrato de risco e nisso reside sua graça e sua desgraça. Graça, quando contribui para aumentar o entusiasmo na vida. Desgraça quando deixa a pessoa desarvorada – a pior reação de uma mulher frente à perda de um amor, segundo [a escritora] Marguerite Duras.
MC:Mulher sofre mais por amor do que homem?
JF: Geralmente, sim. O abatimento da mulher é maior porque a capacidade feminina de amar é infinitamente superior à do homem.
MC:Felicidade é uma responsabilidade pessoal?
JF:
Pessoal e intransferível. Quem espera que o outro lhe traga a felicidade é porque se acomodou. Colocou o parceiro no lugar da mãe que levava o Toddy na cama.
MC:Na carência afetiva, corremos o risco de consumir o outro como um "antidepressivo"?
JF: Transformar amor em remédio é perigoso, felicidade não é artigo de consumo. A relação amorosa tem duas vertentes: a afetiva e a sensual. A afetiva é cuidado, segurança, companheirismo – é repetição. A sensual é invenção e nada tem a ver com o cuidar – envolve surpresa, uso sexual recíproco e tem uma vertente enigmática. Quando as pessoas estão carentes, tendem a desenvolver a corrente amigável e sufocar a sensual. Aí o amor acaba. Quem se preocupa demais com o dia-a-dia costuma fazer mal amor à noite.
MC: A felicidade amorosa quase sempre vem acompanhada do medo da perda, do abandono ou da traição. Como superar isso?
JF:
Quando se gosta de alguém, a tendência é ficar vulnerável. Amar é suportar ser ridículo. A partir dos 30 anos as pessoas estão escaldadas, já tiveram decepções amorosas. Daí o medo. Mesmo assim, vale a pena arriscar novamente, ainda sabendo que pode se ferrar de novo. Mas se a pessoa só se ferra, é hora de desconfiar de suas más escolhas. Tem gente que tem prazer em sofrer.
MC: A euforia do começo da paixão pode ser chamada de felicidade?
JF:
A paixão pode ser chamada de felicidade, mas, quando se transforma em um ideal de vida, fica supervalorizada e representa um perigo. Fica bonito no teatro, mas é muito triste na vida real. Daí personagens como Romeu e Julieta, Tristão e Isolda, Abelardo e Heloísa... Morreram porque tentaram eternizar a paixão. Quando os envolvidos querem manter intocável a paixão, quando não suportam mudança ou interferência, acabam selando um compromisso de morte.

*Jorge Forbes é presidente do Instituto de Pesquisas e Psicanálise de São Paulo; membro da Escola Européia de Psicanálise e autor de vários livros. O mais recente é "Da Palavra ao Gesto do Analista", pela Jorge Zahar Editores.

5 de agosto de 2010

Ouch, é assim simmm.....



Deixa estar que o que for pra ser vigora...   

Eu sou tão feliz!!!!!



Frase do Dia!!

Inteligência que cega, não pode ser chamada de inteligência!!!

Mistérios da vida!!!

Em diferentes momentos da minha vida surgem diante de mim minúsculos grilinhos que posam sobre mim ou ficam perambulando ao meu redor!!! As vezes eles vem em grupinhos, as vezes sozinhos! As vezes eles estão saltitantes, e as vezes o que me deixa muito triste, os encontro mortinhos...
São tão singelos esses grilinhos, que sinto um verdadeiro encanto/apreço quando eles me aparecem!! São tão miudinhos, que é preciso uma sensibilidade muito grande para vê-los e percebê-los por perto... parecem miúdas formiguinhas!!
Pode parecer uma grande bobagem, mas eles aparecem sempre em momentos que estou em busca de respostas para questões muito pessoais. As vezes aparecem em momentos de tristeza, de confusão mental, me acendendo a luz da esperança (aliás são verdes), as vezes aparecem quando estou desanimada, me reanimando a ir em frente, e as vezes em momentos de muita felicidade, o que me torna mais feliz ainda com a presença deles!!!
Meu Deus, parece uma grande bobagem tudo isso, mas para mim não é!!! Vivo isso como uma grande verdade que acalenta e conforta a minha alma!! Tudo na Natureza para mim está interligado!! Estamos interligados num grande círculo de seres viventes e é sábio saber que nos humanos não somos melhores que todas as espécies de plantas, seres vivos e animais que nos cercam. Somos uma rede se movendo num grande e misterioso circulo que se interconecta, se ampara e precisa uns dos outros para sobreviverem. A natureza com todas as suas espécies é vida e também traz mistérios em si. Ela  faz parte da gente de uma forma extremamente simples, serena e importante!! Ela é vida rica e abundante que anda paralela a nossas vidas. 
Minha crença sem dúvidas, não se baseia em fatos científicos comprovados, (embora acho extremamente importante a ciência), mas, no mistério... no profundo... no inexplicável!!! E para isso é preciso muita sensibilidade para ver, sentir e crer!!! Apronfundar nesse mistério que dá sinais, que quer se integrar e relacionar com o seu ser!! Permita-se!!

2 de agosto de 2010

Movimento = Parado

Parece haver momentos na vida em que todo mundo está mudando, se movendo e você parece se encontrar parado!
Surge uma sensação incomoda de que nada sai do lugar e que você somente se encontra paralisado, estagnado!
Na verdade, a vida realmente está em movimento, ela não para, mesmo quando você tem a leve sensação de que está parado, ela está em movimento. Esse movimento da vida circula entre momentos de muitas mudanças e momentos de uma certa falta de mudanças, uma quase estagnação.
E porque será que a estagnação nos incomoda tanto? Você olha para o lado e vê tanta coisa acontecendo e se sente parado/paralisado como se nada acontecesse com você, mas tão somente a sua volta. Mas, no fundo, o estar parado, também faz parte dessa trajetória e também está em movimento. 
O que muito nos acomete é um terrível medo da parada, seja ela para descansar, pensar, ou mesmo se preparar para que uma nova etapa possa surgir. Com isso, as pessoas se movem cada vez mais e intensamente para não parar.... pois parar dá uma enorme sensação de vazio, um quase se sentir perdido e excluído, já que  muitos estão num constante e desesperado movimento. 
É preciso a nós, entender que a parada também faz parte do movimento e é extremamente necessária para o nosso crescimento!!