FRASES DO DIA

"Nunca se deve engatinhar quando se tem o impulso de voar."

(Helen Keller)


"Aprendi com as primaveras a me deixar cortar para poder voltar inteira."

(Cecília Meirelles)

Ser feliz!!!

"Onde você estiver, é sempre o início.
É por isso que a vida é tão bela, tão jovem, tão virgem.

Algo que você deveria sempre manter
– e esta é a única obrigação – é ser feliz.

Na nossa desesperança está a única esperança,
Porque na nossa ausência de desejo está a nossa única satisfação,
E por causa do nosso imenso desamparo,
De repente, toda a existência começa a nos ajudar.

Ninguém consegue parar de desejar,
mas a realidade só acontece quando o desejo pára.
Na nossa ausência de desejo está a nossa única satisfação.

Não tente forçar.
Deixe a vida fluir.
Veja os milhões de botões de flores
que Deus abre todos os dias sem fazer força alguma.

Quando você souber o que é o amor,
você estará pronto a dar.
Quanto mais você o der, mais o terá;
quanto mais você banhar os outros com ele,
mais o amor brotará em seu ser.

Pare de procurar preencher as expectativas dos outros, e pare de esperar que os outros preencham as suas. Lembre-se: se você sofrer, você estará sofrendo por sua causa; se os outros sofrem, eles sofrem por causa deles. Ninguém sofre por causa dos outros – lembre-se disso profundamente. Somente então você será capaz de ser realmente sincero para com seu ser interior.

Se sua vida não é feliz, então, saiba que você está vivendo da maneira errada. O sofrimento é o critério de se estar errado; e a felicidade é o critério de se estar certo - não há nenhum outro critério.

Quando você tiver tido um pequeno vislumbre de que você é o criador de sua própria miséria, será muito difícil para você, continuar a criá-la então. É fácil viver na miséria quando você sabe que os outros a estão criando – o que fazer? Você não tem saída. Eis porque vivemos jogando ass responsabilidades nos outros.

Ninguém pode satisfazer suas expectativas; ninguém está aqui para satisfazer suas expectativas. Todo mundo está aqui para satisfazer as próprias expectativas; ninguém está aqui para satisfazer ninguém. Todo mundo está aqui para satisfazer a si mesmo, mas você espera que os outros o satisfaçam e os outros esperam que você os satisfaça. Então existe conflito, violência, luta e miséria."

Uma vez que você abandone as expectativas, você aprendeu a viver. Então tudo o que acontece o deixa satisfeito, seja o que for. Você nunca fica frustrado, simplesmente porque em primeiro lugar você não estava esperando nada. Assim, a frustração é impossível. A frustração é uma sombra da expectativa. Com o abandono da expectativa, a frustração cai por sua própria conta.”

Não fique preocupado com críticas e não se interesse por elogios. Se você estiver interessado em ser elogiado pelos outros, então você não poderá ficar sem se importar com as críticas. Permaneça à distância. Elogio ou crítica , é a mesma coisa. Sucesso ou fracasso, é a mesma coisa."

Osho

O pecado mora no excesso!!!

Deixa ir...

Há momentos na vida em que é preciso dar adeus... deixar ir!!!
Para novas coisas, "vir" é preciso velhas coisas "ir"!!!

Nada se ganha sem nada perder!!!

Que insensato eu fui! Como me esforcei para forçar todas as coisas a harmonizarem-se com o que eu pensava que devia ser... (C.G.Jung).

Deixa ir... deixa acontecer!!!

Amor romântico

Estava aqui entre os meus devaneios, quando do nada vi essa música com a Verônica Sabino no youtube. Fiquei encantada com a versão usando somente violão. E quanto tempo não ouvia essa música.

Bom, a música me fez refletir sobre o "amor romântico". Não nos parece que era tudo mais romântico no passado? Namoros nas pracinhas, festejar a lua cheia na praia ou na montanha, a famosa maçã do amor no parque, pedir ao pai da moça para namorá-la e o mais sensacional: a famosa dança lenta agarradinhos e de rostinho colados. Ainda me lembro daquelas músicas e digo que realmente a vida tem trilha sonora.

Nossa... parecia tudo tão lindo... e ainda  lembro mais: os famosos papéis de carta dos quais neles se escrevia e enviava a pessoa amada com tanto carinho. E os bombons serenata de amor que tinham forte significado para o amor na época; a espera por uma carta que demorava dias para chegar. Sem contar nas trilhas sonoras das madrugadas, os recadinhos na rádio e nas festas de rua.

Contando assim,até parece que tenho uma enorme saudade do que eu vivi... na verdade tenho saudade do que eu não vivi. Pois é, minha vida iniciou-se nos anos 80, conto então do que vi acontecer, no muito, dos sonhos de criança de querer viver tudo aquilo quando crescer. Da menina que foi ensinada que deveria ser meiga, bela e submissa ao marido, que o ideal de vida seria encontrar um "carinha bacana" para casar, ser esposa exemplar, ter dedicação total ao lar e nunca o contrariar.

Pois é... nem tudo eram flores e romance puro, de certa forma, havia uma privação de "vida" por parte da mulher, no qual o homem também correspondia, "de alguma maneira", bem, o seu papel.

Bom, foram muitas as mudanças até chegar a transformação do amor romântico que vemos hoje, não é o meu interesse nesse momento questionar todas essas transformações e ver o lado positivo delas, mas, fantasiar um pouco, pensando como de um "certo sentido" era belo o amor romântico do passado. A ilusão do princípe encantado de cavalo branco e a simplicidade real de vivência desse amor: o amor a família, as raízes, o manter gerações, as emoções dos pequenos detalhes, a felicidade de comunicar aos parentes e amigos, que aquele enamoramento deu certo: "iremos nos casar". Me fez lembrar dos famosos "chás de cozinha", quanta comemoração para dar as boas vindas ao novo casal. Parecia que tudo era tão leve, feliz, belo e sólido...

Lembrando, como havia falado lá em cima, minha saudade é do que eu não vivi, do pequeno gostinho pelo menos na fantasia, do poderia viver e da ilusão que teve que ser-me arrancada as forças ao chegar a minha época de experienciar o amor. Sim, o seu papel seria aquele, mas, quando realmente começou o despertar da sexualidade, tudo começa a mudar. Como nos conta a letra adaptada dos Engeheiros - "A Fábula":

Era uma vez um planeta mecânico
Lógico, onde ninguém tinha dúvidas
Havia nome pra tudo e para tudo uma explicação
Até o pôr-do-sol sobre o mar era uma gráfico

Adivinhar o futuro não era coisa de mágico
Era um hábito burocrático, sempre igual
Explicar emoções não era coisa ridícula
Havia críticos e métodos práticos

Cá pra nós, tudo era muito chato
Era tudo tão sensato, difícil de agüentar
Todos nós sabíamos de cor
Como tudo começou e como iria terminar

Mas de uma hora pra outra
Tudo que era tão sólido desabou, no final de um século
Raios de sol na madrugada de um sábado radical
Foi a pá de cal, tão legal

Não sei mais de onde foi que eu vim
Por que é que estou aqui
E para onde devo ir
Cá pra nós, é bem melhor assim
Desconhecer o início e ignorar o fim
Da fábula

E assim, com todas as mudanças ocorridas entra o conflito principalmente nas meninas daquela geração que pegaram o mundo em transformação: nem isso, nem aquilo.

Na verdade, era um extremo e acredito que agora estamos em outro extremo: Sexo sem compromisso, amores de verão, casamentos por empolgação e que não duram nem na primeira crise do mesmo, famílias fragmentadas, identidades fragmentadas, exacerbação do verbo amar. Filhos criados por avós, muita festa, drogas e rock roll. A bebida virou o passaporte para a felicidade: "se quer ser feliz, beba". E tudo e contudo, nunca se houve tanto em outra época, um distanciamento tão grande de si mesmo, depressões, pânico, ansiedades e até mesmo suicídios. A interiorização parece estar cada vez mais esquecida e o "vamos viver tudo o que há para viver" cada vez mais em voga. Não estou fazendo aqui apologia ao não uso da bebida, mas ao seu uso demasiado como fonte de felicidade e nem apologia em não "viver tudo o que há para viver", é importante sim viver com intensidade a vida, mas não fazer dessa frase motivo e fonte de superficialidade.

Bom, pelo que nos consta, enquanto o amor romântico do passado era arcado com um certo grau de ilusão de perfeição, hoje ele é arcado com a desilusão: ou a ilusão demasiada "que esse é o amor da minha vida", até que outro amor apareça e substitua sem dó nem piedade esse tal amor. É a era da sensação, o que vale é o que eu sinto agora e é isso que eu quero viver e, com isso, não se importa que pessoas virem objetos como os milhares de objetos do mercado na era pós-moderna. Se pessoas são objetos elas podem ser descartadas e trocadas como se troca de roupa. O que importa é o novo e a experiência e experimentação desse novo, da sensação que ele me fornece nesse momento. Começa a era do fim da qualidade e a ênfase na quantidade. E assim vamos vivendo em busca da eterna juventude.

Bom... o que queria mencionar com uma música lá dos anos 80 e que me fez lembrar dessa época, é que como seria bom, chegarmos em consenso com todas essas transformações aproveitando as coisas imensamente boas dessa nossa época atual e resgatar as tantas coisas boas e gostosas que tínhamos no passado: o namoro na pracinha, a noite de lua cheia, os beijos mais simples e despretensiosos -  as cartas -, porque não? ... demoram mais que as mensagens instantâneas e são fontes de carinho e surpresa. 

Aproveitar o máximo um momento de dança a dois coladinhos, já que não se usa mais dançar romântico nas festinhas. E por fim, pensar muito... muito mesmo, quando resolver se casar, sempre se perguntando: É realmente com essa pessoa que quero passar os restos dos meus dias, amadurecer/envelhecer do seu lado? Estarei disposto e obstinado a enfrentar todas as dificuldades e desistir de outras possibilidades de vida para estar do seu lado? E talvez o mais importante: Será que eu me amo o suficiente para amar outra pessoa? Será que o meu parceiro se ama o suficiente para me amar? Será que somos interiormente felizes para assim fazermos um ao outro felizes? Ou somos meros egoístas querendo tornar o outro como objeto e fonte de nossas expectativas e desejos? O amor só perdura na liberdade. Digo de liberdade de alma e não de libertinagem.

Enfim... não vulgarize o verbo: "Amar"!!! E ame bastante, use toda a sua criatividade para amar!!!

Ninho

Vai depressa passarinho
Vai correndo encontrar o seu ninho
Vai ligeiro passarinho
Que entre as plumas,
Estarás quentinho

Vai correndo passarinho
Que de longe a chuva já vem vindo
Vá e faça,
Prepare o seu cantinho...
Pois de certo precisarás,
Da proteção do seu ninho

Não temas passarinho
Do mundo com todo o seu frio,
Vá, se aqueça... se aquiete...
Acalme a sua alma,
E volte...
Livre... leve... seguro...
No seu vôo feliz e tranquilo!